O Salve o Cerrado é um projeto que une música, fotografia, artes e educação ambiental com o objetivo de mobilizar agentes culturais e cidadãos em prol da preservação do Cerrado, um dos mais importantes e ameaçados biomas do mundo e promover a agenda 2030. O bioma também conhecido como Berço das Águas por abrigar três grandes importantes aquíferos, Guarani, Bambuí e Urucaia, está sendo destruído dia após dia pelo desmatamento causado pelo avanço das atividades agropecuárias, mineração, erosão do solo, dentre outros fatores.

Embora, o Cerrado ocupe boa parte do território nacional, especialmente as regiões centro-oeste, nordeste e sudeste, dados apontam que restam cerca de 48% de área de cerrado preservada. Com a missão de dar mais visibilidade ao tema e sensibilizar a população, artistas e agentes públicos, foi criado o projeto Salve o Cerrado. O objetivo é chamar a atenção para o problema por meio da arte, da música e da fotografia. A proposta é que a mobilização cultural alcance cada vez mais pessoas e pressione agentes públicos para que o pouco que resta de cerrado se torne área de preservação permanente.

O Salve o Cerrado nasceu para se tornar um movimento nacional de clamor pela causa, para servir de alerta para a gravidade do problema, para cutucar e unir mais mãos em apoio a causa. Afinal, a extinção do Cerrado vai custar muitas vidas, seja pela previsível falta d’água, como pelo desaparecimento de milhares de espécies da fauna e da flora.

O pontapé inicial para o nascimento do projeto foi a criação de músicas autorais compostas pelos músicos brasilienses Tiago Mória e Atan Pinho sobre o tema numa junção com uma coleção de fotografias de paisagens do Cerrado captadas pelo fotógrafo Leopoldo Silva. As músicas estão sendo gravadas e serão apresentadas em um espetáculo itinerante (obs: online devido a pandemia) com vários outros artistas. O projeto quer ainda juntar outros artistas que produzam sobre o tema, somar vozes nessa luta e ampliar esse movimento.